Curtindo a Vida Adoidado

Por: Matheus Silva

Existem coisas que são realmente marcantes, que resistem ao tempo. Desde aquela música que você ouvia no rádio aos 12 anos, um comercial engraçado que você assistia na TV várias vezes sem cansar de rir, um desenho animado que marcou sua época de primário... Exemplos não faltam. Em se tratando de filmes, “Curtindo a Vida Adoidado” (Ferris Bueller's Day Off, no original) é uma obra até hoje lembrada por todos que assistiram. Foi reprisado a exaustão na “Sessão da Tarde” na TV Globo (muito antes dela se especializar em filmes de cachorros falantes e gêmeas enjoadas...), e mesmo assim resistiu à prova do tempo e hoje é considerado um clássico e símbolo de toda uma cultura que existia na década de 80. Mas o que o faz ser um filme tão cultuado assim?

A história tem como protagonista Ferris Bueller (Matthew Broderick), que esta no seu último ano de colegial. Ao amanhecer um belo dia de sol, ele decide não ir à escola e aproveitar o dia bonito, forjando estar doente para enganar seus pais, que ao engolirem o truque do filho, acreditaram que ele estava mal de saúde. Após eles saírem para o trabalho, começa a aventura de Ferris no seu “dia de folga”, que logo em seguida liga e implora seu melhor amigo, Cameron Frye (Alan Ruck), a sair de casa e curtir o dia, convencendo o complexado rapaz (medroso e hipocondríaco) depois de muita insistência.

Os dois ao longo do dia vivem as mais diversas situações, sempre em busca de diversão, desde inventar o falecimento da avó de Sloane Peterson (Mia Sara) - a bela namorada de Ferris, para ser liberada da escola; entrar num restaurante fino se passando por um cliente famoso; “comandar” uma festa de cultura germânica cantando Twisted and Shout dos Beatles - fazendo todos dançarem na rua. Mas em meio a toda essa farra, o diretor da escola, Ed Rooney (Jeffrey Jones) que sempre desconfiou de Ferris, inicia uma verdadeira caçada ao rapaz, indo desde os lugares onde o jovem freqüentava, até a casa onde ele morava. Porém, o atrapalhado diretor não imaginava que iria encontrar na residência a irmã do garoto, Jeanie Bueller (Jeniffer Grey), que também estava ao encalço do irmão, provocando uma das cenas mais hilárias do filme. Jeanie é uma jovem estressada e ranzinza, pois não se conformava que as coisas sempre davam certo para seu irmão. Por fim, Ferris consegue chegar em casa a tempo, antes que seus pais entrassem no quarto e descobrir a farsa, resultando numa sensação de “dever cumprido” para o rapaz.

Ferris e seus amigos no seu "dia de folga"

Como disse no início, esse filme é atemporal, e em tempos que as pessoas estão cada vez mais amarradas ao computador (diga-se internet), ele traz uma mensagem bacana de aproveitar melhor o seu dia, se levar menos a sério... Pois num mundo em que vivemos, seja no âmbito profissional ou pessoal, os acontecimentos e as decisões rápidas já nos deixam tensos demais, e se deixarmos essas coisas tomarem conta de nossas vidas, não restara espaço para o “dia de folga” que nossa cabeça e corpo tanto precisam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário